Ciência & Luta de Classes
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<p>Ciência & Luta de Classes é um periódico semestral interdisciplinar do Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES) que aceita textos inéditos de diferentes áreas do conhecimento que contribuam para a inovação teórica, metodológica e/ou análise empírica.</p>CEPPESpt-BRCiência & Luta de Classes2358-3444Editorial
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Comissão Editorial
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.136A luta antirracista no Brasil e os movimentos de libertação nacional em África: distantes por um passado mítico, aproximadas pelas lutas por futuro promissor
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<p><span style="font-weight: 400;"> O presente artigo de revisão aborda a importância para os debates anti-racistas no Brasil dos teóricos implicados nas lutas contra a colonização nos países da África entre os anos 60 e 70. Mesmo com as conquistas econômicas, políticas e sociais destes processos, o trabalho analisa a sobreposição de outros referenciais no resgate da contribuição do continente africano à formação sócio-histórica brasileira, em especial, de uma busca por um retorno a uma “África Mítica”.. Também são apresentadas algumas diferenças particulares desta com as realidades que deram base às experiências insurgentes de África, combinadas às reflexões sobre co</span><span style="font-weight: 400;">mo essas com suas respectivas constituições historicamente determinadas, inseriam-se em uma conjuntura internacional de colaboração campo socilaista, em especial, da URSS e entre os países não alinhados às potências de expressão colonial ou neocolonial que emergiram ou consolidam seu status de poder no pós-guerra. O papel dos movimentos de libertação nacional africanos do séc. XX, e sua opção pelo não alinhamento, contribuem para o debate da ruptura da ordem unipolar, e a nova geopolítica, agora em agravamento pela Crise Orgânica do Capital.</span></p>Hernando José Pacheco BarrionuevoCamila Queiroz MilaniDaniela Jaqueline do Nascimento SantosSandro IrisPedro Magalhães
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.128Tagaeri e Taromenane: confronto com Ocidente
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<p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR">O objetivo deste trabalho é tornar visíveis as diversas formas de encontro entre os povos Tagaeri e Taromenane em isolamento voluntário com a modernidade capitalista ocidental. Bem como as consequências históricas que as aproximações da modernidade capitalista originaram com ditos e outros povos multinacionais amazônicos. Ao mesmo tempo, são feitas referências aos riscos antrópicos e ambientais para sua continuidade. Dividindo-o em quatro partes, em que cada parte aborda o âmbito teórico atual e passado, ao mesmo tempo que exemplifica os confrontos e tentativas da modernidade capitalista de invadir espaços tanto territorialmente como em formas simbólicas e as consequências que estes têm causado.</span></span></span></p>Fidel Viteri
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.131Uma Leitura histórica dos impactos do neoliberalismo no mundo do trabalho e nas dinâmicas dos conflitos sociais na América Latina
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo consiste em uma revisão de trabalhos destacados como referências teóricas do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP. O texto observa mudanças do trabalho na sociedade brasileira, em comum com outros países da região. O artigo atribui grande parte dessas transformações à emergência do neoliberalismo na América Latina consistindo em uma análise sobre seus efeitos e apresenta mais do que respostas, questões sobre a estrutura do labor na região. O trabalho usa autores latino-americanistas para entender como o neoliberalismo impacta em diferentes países da região, mas também busca referências na literatura brasileira da sociologia sobre o trabalho. O artigo conclui que os conflitos sociais apresentam um padrão em como os indivíduos se organizam para combater os efeitos do neoliberalismo. O texto também faz contribuições para a compreensão da noção superexploração do trabalho e como ela está muito atrelada à produção das cidades latino-americanas. </span></p> <p> </p>Gabriel RochaCamila Queiroz Milani
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.125Mesa I Crise Orgânica do Capital, a Ruptura da Ordem Unipolar e a Nova Geopolítica
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Aluisio Pampolha BevilaquaExmo. Embaixador Benigno Pérez Fernández (Cuba)Exmo Sr Wang Haitao (China)Exmo Embaixador Ahamed Mulay Ali Hamadi (RASD)
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2025-07-302025-07-3071010.54025/clc.v7i10.132Mesa II O papel estratégico da América Latina e do Brasil na nova geopolítica mundial
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Ms. Julia Bevilaqua Camila MilaniExma Ms Betzabeth Alejandra Aldana Vivas (Venezuela)Dr. Eurico FigueiredoDr. Ricardo Lodi
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.134Mesa III O Brasil, os movimentos sociais e a luta contra o neoliberalismo na nova geopolítica mundial
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Dr Michel Mendes DamascenoDr Reinaldo Pacheco Dr Vitor de PieriMs Samanta de Aguiar Pereira
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.135A Crise Orgânica do Capital e a relevância estratégica da América Latina
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<p align="justify"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> O presente trabalho é parte de um projeto de pesquisa coletivo, que ainda está em andamento, e busca compreender a atual conjuntura mundial para identificar o papel que a América Latina pode desempenhar na mesma, considerando suas características historicamente determinadas e as principais tendências a reger este seu movimento histórico na atualidade, conectadas a esta compreensão mais ampla do movimento da geopolítica mundial, no momento de plena manifestação e acirramento da Crise Orgânica do Capital.</span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"> Vivemos hoje claramente uma transformação na geopolítica mundial. A denominada Ordem Unipolar já dá sinais evidentes de desmonoramento, com outros atores protagonistas no questionamento e na ruptura de fato da hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA). Esta transformação é movida, em sua essência, pela contradição essencial ao interior do modo de produção capitalista, cuja dinâmica é explicada pela tese da Crise Orgânica do Capital . Esta, por sua vez, expressa-se também como Crise Climática ou Crise Ambiental, contradição que pôe em risco a própria existência da espécie humana no planeta. Nesta perspectiva, em que se evidenciam as interdeterminações causais entre o fim da ordem unipolar hegemonizada pelos EUA e a Crise Ambiental que paira como Espada de Dâmocles sobre a humanidade, é necessário pensar a América Latina em seu duplo status como importante base de sustentação à hegemonia estadunidense e palcos de lutas e vitórias rumo ao socialismo; bem como maior reserva de biodiversidade no planeta, de recursos naturais estratégicos à transição energética e ao capitalismo verde, e de recursos humanos dotados de conhecimento histórico para exploração, preservação e manutenção destas reservas, cujos países são economias de média e até baixa composição orgânica de capital, o que ainda permite desenvolvimento e aplicação de muita ciência e tecnologia na produção, com retornos acima da média dos países centrais do capitalismo. </span></span><span style="font-size: medium; font-family: 'Times New Roman', serif;">O presente trabalho parte da hipótese de que a atual conjuntura de Crise Orgânica do Capital e de ruptura da ordem unipolar hegemonizada pelos Estados Unidos conduz a América Latina a uma posição estratégica na geopolítica mundial, reunindo condições historicamente únicas que nos permitem resgatar a proposta de nossos próceres de uma federação de repúblicas soberanas e unidas, plurinacionais e multiétnicas, cuja gestão é compartilhada com base no interesse comum e no respeito mútuo. A incapacidade da OTAN se sobrepor à Rússia na Guerra da Ucrânia – apesar de investimentos recordes dos países do Atlântico Norte para armamento bélico, inteligência e campanhas midiáticas – significa que a Rússia rompeu com o poderio militar da OTAN hegemonizado pelos EUA. A China converteu-se este ano na primeira economia mundial em termos absolutos, e continua sendo um dos países que mais cresce economicamente, anunciando a ruptura econômica da hegemonia estadunidense. As duas potências trazem para o teatro mundial uma proposta de hegemonia compartilhada, sob uma nova ordem multipolar e multilateral, que tem nos BRICS seu protagonista. Neste processo de transição na hegemonia mundial, abre-se à América Latina a possibilidade de forjar sua unidade em torno da maior reserva de biodiversidade do mundo, transformando este recurso natural em arma geopolítica como fez a OPEP nas décads de 1960 e 70. Para os povos do continente apresenta-se a oportunidade de dar um salto de qualidade em seu duplo status, deixando de ser mera base de sustentação para um modo de produção decadente para atuar como protagonista na transição a uma nova ordem mundial multipolar, de hegemonia compartilhada, e contribuir para a garantia da nossa sobrevivência perante a Crise Ambiental que ameaça a espécie humana, e para a transição a um futuro melhor.</span></p>Julia BevilaquaAluisio Pampolha BevilaquaCamila Queiroz Milani
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.130Neoliberalismo e Governança: repercussões no setor do turismo
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<p>O artigo explora o conceito de governança no setor do turismo, enfatizando a evolução histórica do termo e suas diversas definições influenciadas por mudanças políticas e econômicas, como a adoção do neoliberalismo na América Latina. Destaca a aplicação do conceito de governança no turismo, como os conselhos municipais de turismo no Brasil, que buscam promover uma governança mais democrática e inclusiva. O neoliberalismo influenciou significativamente as políticas públicas de turismo no Brasil, promovendo a privatização, desregulamentação e a redução do papel do Estado. Essas mudanças geraram exclusão social e desafios à democracia. A governança turística é definida como um processo colaborativo que envolve a coprodução de serviços públicos por atores governamentais e não governamentais. O Brasil é um exemplo de práticas participativas que fortalecem a democracia, como os conselhos gestores municipais, que permitem uma participação ativa da sociedade na formulação de políticas públicas. A pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa, focando na compreensão dos significados atribuídos pelos indivíduos a questões sociais. Foi realizada uma revisão de literatura e uma pesquisa exploratória, utilizando métodos bibliográficos e documentais. O estudo conclui que, para um desenvolvimento turístico inclusivo e sustentável, é necessário repensar as políticas públicas no Brasil, garantindo benefícios sociais amplos e respeitando a biodiversidade e a cultura local.</p>Luciana Gomes de ViveirosFábia Trentin
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.122Aprimorar-se para o pior: a qualificação do trabalhador frente à precarização do trabalho no turismo
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<p><span style="font-weight: 400;">Percebe-se, nos atuais debates e discussões acerca do trabalhador do turismo, a importância da qualificação e da especialização como caminhos para uma melhora na atividade turística, em âmbito nacional e internacional. Entretanto, questiona-se a realidade vivenciada pelo trabalhador do fenômeno turístico, principalmente ao que tange suas condições de trabalho e sua percepção sobre a área em que atua. Nesse princípio, o presente trabalho busca analisar dados de duas pesquisas distintas, realizadas em 2019 e entre 2021 e 2022, visando alcançar a relação entre o nível de escolaridade e a renda mensal de trabalhadores das áreas de Agenciamento, Hospedagem e Guiamento, sendo reconhecidas as mudanças no mercado de trabalho e no fluxo de turistas causadas pela pandemia de Covid-19. A partir da análise, percebe-se a sensação de desamparo e menosprezo pelo trabalhador, que sente insegurança frente ao emprego e vivencia condições precárias de trabalho, como cargas horárias extensas, remunerações baixas e excesso de funções exercidas, características que foram aprofundadas por meio do cenário pandêmico. Logo, observa-se a diminuição de trabalhadores qualificados no turismo, que iniciam a transição para outras áreas em busca de novas oportunidades. Por mais que a qualificação do trabalhador possa influenciar diretamente na qualidade do atendimento e na experiência de visitantes e turistas, a falta de perspectiva dos trabalhadores e as condições precárias de trabalho demonstram e justificam o escoamento dos mais qualificados para outros setores.</span></p>Victor EspositoAguinaldo César Fratucci
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2025-08-192025-08-1971010.54025/clc.v7i10.123