Dependência cósmica das leis da Física

Autores

  • Mario Novello CBPF

DOI:

https://doi.org/10.54025/clc.v5i7/8.91

Palavras-chave:

cosmologia, história, dependência cósmica das leis da física, Marx e Engels

Resumo

RESUMO
Na segunda metade do século XX a Cosmologia assumiu o papel de arcabouço formal
de sustentação da Física. A descoberta de fortes indícios de que as leis da física variam
com o passar do tempo cósmico, provocou uma crise que erodiu o caráter absoluto da
aplicação das leis da física no universo, tal qual essas são observadas em nossa
vizinhança terrestre. O reconhecimento do caráter histórico da natureza e,
consequentemente, da física, conforme proposto por Marx e Engels no século XIX é a
chave para analisarmos os processos que ocorrem no universo profundo, distante de nós
no espaço e no tempo. Nessas regiões, onde a intensidade gravitacional é extremamente
elevada, a interação dos corpos materiais e da radiação com a geometria do espaço-
tempo provoca quebras de simetria que permitem vislumbrar um processo de contração
do universo, anterior ao da atual expansão observada. Isso produz a sustentação do
caráter eternamente inacabado do universo, sem a necessidade de apelarmos ao
irracionalismo congênito inerente à ideia da singularidade. 

Abstract
In the second half of the 20th century, Cosmology assumed the role of formal support
framework for physics. The discovery of strong evidence that the laws of physics vary
with the passage of cosmic time, provoked a crisis that eroded the absolute character of
the application of the laws of physics as they are observed in our terrestrial
neighborhood. The recognition of the historical character of nature and, consequently,
of physics, as proposed by Marx and Engels in the 19th century is the key to analyzing
the processes that occur in the deep universe, far from us in space and time. In these
regions, where the gravitational intensity is extremely high, the interaction of material
bodies and radiation with the geometry of space-time produces symmetry breaking that
allow us to glimpse a process of contraction of the universe, prior to the current
observed expansion. This sustains the eternally unfinished character of the universe,
without the need to appeal to the congenital irrationalism inherent in the idea of
singularity.

Referências

NOVELLO, Mario. O universo inacabado: a nova face da ciência. São Paulo: Editora N-1, 2018.

______. Manifesto cósmico. In Cosmos & Contexto. 2016. Disponível em <https://cosmosecontexto.org.br/manifesto-cosmico/>

______. Manifesto cósmico 2. In Cosmos & Contexto. 2022A. Disponível em <https://cosmosecontexto.org.br/manifesto-cosmico-2/>

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Publicado

06-01-2023